terça-feira, 16 de março de 2010

"A mente selecciona, exagera, atraiçoa, os acontecimentos esfumam-se, as pessoas esquecem-se e, no fim, resta apenas o trajecto da alma, esses escassos momentos de revelação do espírito. Não interessa o que me aconteceu, mas sim as cicatrizes que me marcam e distinguem"
 (Isabel Allende)

Já nada me interessa. Mas é essa distância que trago de ti, a distância dos acontecimentos. Separa-me de ti porque o teu trajecto não foi o meu e faz com que daqui para a frente cada um vá por essa linha que nos educou e nos impossibilita de sermos um dia nós. Sempre me trataste por Tu. Devia ter desconfiado.  
Mas deixa-me ficar com o que nos distingue.

6 comentários:

  1. Só que, às vezes, é justamente o que nos distingue aquilo que mais nos une.

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  2. verdade, também, mas não neste caso.

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  3. O maior medo não é o das linhas que seguem, por vezes paralelas mas que não se unem, um nós que nunca se consumará, mas o de ficar bloqueado na encruzilhada onde se separaram essas mesmas linhas, esquecidos os pés de como se andava antes de um nós que nunca o chegou a ser.

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  4. Só sei que para mim, o velho ditado era verdadeiro, "o que não me matou, só me tornou mais forte" ;-)

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  5. eu vou aproveitar o comentario anterior e dizer. o que nao mata magoa. essa é k é essa.

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  6. Não há nada melhor do que a clarificação.

    Não tendo havido uma contenda dilacerante, um relacionamento vale pelo património que gerou.

    É salutar promover a sua conservação.

    Bjs

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