segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

a velocidade do cérebro

No meio de uma tentativa frustrada de tentar encontrar um romance de Hilda Hilst alguém tem a triste ideia de me perguntar o porquê de ter que ser a Hilda Hilst e não um outro/a. Estas questões gerem guerra no meu cérebro.


Logo o ID a incitar-me a responder - Olhe, porque vi ontem um filme sobre dois irmãos enrolados, sim, incesto, e enquanto estavam no sofá leram excertos de um romance um ao outro. Claro que o nome do livro estava lá à vista e tive que ir pesquisar a escritora. Crê-se que teve ligada ao incesto na infância e explorou ainda cenas sobre a  homossexualidade e coisas do género. A relação entre Deus e o Homem, a solidão, Blá, blá, blá Whiskas saqueta. Uma sedutora nata, nenhum coração lhe resistia. Vinicius de Moraes não foi excepção. Como se não lhe bastasse tenta ainda atrair grande galões de Hollywood, e alguns consegue, outros nem por isso. Sabe como é, não há princesa sem senão. Em tom de brincadeira adorei cataloga-la como "A Cabra das Humanidades". 


O Alterego - Fica calada, por favor.


E é o Ego quem responde a tão inocente pergunta - Ouvi falar e fiquei curiosa.


Acabei por não encontrar o livro mas já me certifiquei que irá vir ter às minhas mãos. Só ainda não foi desta que fiz entender que literatura e tudo o que tenha ver com artes é liberdade. Que não é por alguém ter na mão um livro que tenha infiel escrito na capa que o seja. Que nos erros dos outros podemos evitar os nossos. Que são as histórias alheias que nos fazem aceitar e respeitar a diferença. Porque tarde ou cedo seremos confrontados com ela. Enfim!... De todas as maneiras fico contente por ter deixado o Ego falar.

2 comentários:

  1. Eu pensava que já estava em desuso, o problema das capas, dos assuntos,... livro é livro, procuramos, perguntamos se há ou não há e qualquer explicação é desnecessária, seja a cuscovilheiros ou ao nosso Alterego.
    Quero ler e pronto lol
    De repente, fizeste-me recuar 36 anos, porque hoje, já não devia haver tabus sobre assunto nenhum, muito menos com livros ou motivo, para arranjar guerras no cérebro ;)))

    Bjos

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