sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

tem a ver com liberdade

Há uns dias numa conversa de café, ouvi quem se vangloriasse como se desse fruto à voz da razão quando dizia em bom tom que no cinema os grandes actores presentes nos grandes filmes não fumavam graças à sensibilização mundial contra o tabaco. E que tem mesmo a ver com o educar a sociedade para não se aliar ao vício. Discursos desses são sempre muito aplaudidos - bem hajam! Como as cenas gay´s que qualquer afecto por mínimo que seja só é exibido na hora que se sobrepõe que todos estão na cama. Contrariamente, o que é curioso, aos filmes que contém violência explícita. Talvez porque qualquer dente que se parta a um colega ou a um amigo é, rapidamente, esquecido.
Gosto de cinema, gosto de literatura, não os catálogo como bons ou maus, sirvo-me deles. Tenho o meu gosto e para mim serve-me, os dos outros se forem bons, consoante o meu, claro, serão aceites. Sempre aberta a qualquer sugestão, sim, porque me dou ao trabalho de ver, ouvir e ler o que me prepõem.  Mas nunca precisei, felizmente, que me dissessem o que era bom ou mau. Os Valores invocados nesta época Natalícia que aprecio imenso, como o respeito pelos outros, a bondade - tão esquecida nestes tempos! -, ganhei-os em casa, como a liberdade de me construir. Deve ter sido por isso que me perdi no cinema francês onde eles se enrolam uns com outros, fumam e partilham as pontas e a cerveja que bebem é da barata.  E sabem mais que ninguém o que é a amizade e o que ela vale. Genuíno, é a palavra que o descreve. Como " Les Amours Imaginaires", que aconselho vivamente.

Boas festas!

3 comentários:

  1. E fazes tu muito bem, em pensar assim :)

    Bjos

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  2. Sugestão anotada. Sem precisar de seguir a opinião das maiorias ou de discutir qualidades e gostos sempre tão discutíveis, dependendo da forma como os recebemos e sentimos. Há maus filmes ou músicas - segundo aqueles que entendem do assunto - de que gostamos e outros premiados que não nos dizem nada, como devemos seguir os nossos instintos sem caír em modas só por parecer bem aos outros. Ser verdadeiro connosco próprios é ainda uma das grandes qualidades que podemos ter e oferecer, apesar de quão perigosa a verdade parece ter-se tornado nos nossos dias. É essa verdade que encontro aqui e me faz continuar a passar por cá. Um Feliz Natal e um abraço caloroso cheio de amizade.

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