quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Cidreira e Mel

Angustiada olhava para todos os cantos do café como a que procurar uma saída de emergência depois de decretado o incêndio. Antes um incêndio, pensou, uma fuga de gás, agora dava jeito, mas não havia nada a fazer. Ali estava diante do homem que amara e a chávena cheia de chá quente a segredar o inevitável, uma conversa. Dois minutos bastaram para que mil gestos disparassem no pensamento. O homem entrara, sorria-lhe, e deslocando-se à máquina tirou tabaco. Não fiques, por favor, não fiques, tira tabaco e vai embora!
Um bule de chá de Cidreira e Mel para dois, se faz favor.
- Ainda é o teu preferido? 
- Não, meu querido, não é.  

Sossegou-se e falou do tempo.

Sem comentários:

Enviar um comentário